Esta foi uma declaração política/ questão apresentada na Reunião de Setembro da AM...
Nos dias de hoje, as tecnologias de informação têm um papel essêncial na nossa sociedade.
O facto de estar à distância de um “click” para obter uma serie de informações, facilita e melhora muito a vida dos cidadãos; que deixaram de ter de se deslocar fisicamente a outros locais para acederem a essa mesma informação e até a alguns seviços.
E neste novo mundo virtual podemos fazer coisas tão diferentes como tranferências bancárias, consultar horários de transportes públicos, saber em que salas está aquele filme que queremos ver, viajar pelo mundo (ainda que virtualmente!), comunicar, pesquisar, entre tantas outras coisas.
Actualmente é raro o organismo, entidade ou empresa, pública ou privada, que não tenha sitio na internet.
No que diz respeito a Câmaras Municipais, dos 308 municipios portugueses, 282 têm uma página ou portal na internet; como é referido no recentemente divulgado estudo sobre a maturidade dos serviços de informação das autarquias.
Foi através de uma notícia num jornal diário sobre o mencionado estudo que tomei conhecimento do mesmo, que desde logo despertou a minha atenção e curiosidade.
Através de um conhecido motor de busca, facilmente tive acesso ao referido documento e à informação que pretendia: em que lugar do ranking estabelecido por este estudo estaria o site da Câmara Municipal de Almada.
A referência e atenção que este site tem nos relatórios da Actividade Municipal e a publicidade que é feita em estandartes espalhados pelo concelho levar-nos-iam a pensar que seria um dos melhores do país, mas que mesmo que assim não fosse, pelo menos estaria nos cem melhores, dado o alargado universo, com uma avaliação claramente positiva.
De facto, Almada ainda não é uma cidade digital. Uma cidade em que o cidadão possa aceder a determinada informação sem ter de sair de casa, ou quanto muito, possa saber exactamente onde se dirigir para tratar de determinado assunto. Onde o cidadão possa pedir uma informação e obter uma resposta em tempo útil, em que se possam consultar planos e orçamentos, o Plano Director Municipal; onde se possam consultar processos, saber os livros que existem na Biblioteca Municipal, quais os concursos públicos que estão a ser lançados pela Câmara Municipal, tomar conhecimento da agenda cultural do concelho.
Uma cidade digital onde se possam obter formulários, colocar questões directamente aos eleitos municipais, e, pelo menos, saber quem eles são quais os seus curriculos; onde se possa conhecer a realidade económica-social do concelho, onde se situam os parques industriais e que empresas lá estão sediadas, enfim...
O referido estudo analisa mais de 40 funcionalidades dos serviços de informação autarquica, agrupados em 5 critérios: a facilidade de navegação do site, informação sobre os eleitos, informação municipal, abertura ao munícipe/visitante e informação sobre o concelho.
Estabelecido um ranking, o site da Câmara Municipal de Almada aparece num muito humilde e denunciador de várias falhas, lugar nº273, num universo de 282 sites de Câmaras Municipais. O pior do Distrito de Setúbal, o pior da Área Metropolitana de Lisboa, um dos 10 piores do país; tendo sido atribuida uma avaliação global equivalente a 2,86 valores numa escala de
Pela informação que nos é dada através dos relatórios sobre a Actividade Municipal, e em particular neste que estamos hoje a analisar, percebemos que têm estado a ser feitos esforços significativos por parte da Câmara Municipal para que o portal de Almada atinja a maturidade dos serviços de informação por todos nós Almadenses desejada; para que exista de facto uma cidade digital onde os cidadãos possam aceder a informação sobre o concelho e a serviços on-line em áreas distintas, de forma articulada.
O projecto Almada Cidade Digital, tantas vezes mencionado e publicitado pelo executivo camarário, não é um projecto assim tão recente que justifique este atraso na disponibilização de informação e serviços.
Apesar de todos os esforços que estão a ser feitos, achamos que desde o momento em que foi lançado o projecto até hoje, houve tempo suficiente para que o portal apresentasse melhorias significativas, para que a facilidade de navegação, a informação municipal sobre o concelho e sobre os eleitos e a interacção com o utilizador podessem obter nota positiva.
Esperamos que em breve o portal esteja a funcional na sua plenitude.
A pergunta que gostaria de colocar à Sr. Presidente, é para quando está prevista a adequação deste projecto às exigências dos dias de hoje, de modo que numa primeira fase disponibilize, formulários online, uma área para consulta de processos, os planos e orçamentos, o retrato económico e social do concelho, um roteiro turístico, e-mails dos eleitos municipais, por exemplo, que consideramos ser essencial para os Almadenses e para a melhoria da sua qualidade de vida.
Almada, 28 de Setembro de 2006