Quarta-feira, 12 de Setembro de 2007

O MST no Triângulo da Ramalha

NOTA SOBRE AS QUESTÕES COLOCADAS AO Parlamento Europeu  EM NOME DOS MORADORES DA
RUA LOPES MENDONÇA
 
 
No que respeita às questões colocadas, em nome dos moradores da Rua Lopes Mendonça, nomeadamente a sua comunicação do dia 4 de Julho de 2007, cumpre ao GMST informar o seguinte:
 
Questão A
 
“Although being presented to the general public as a light transport system, the track hardware used (trains, electrical equipment, etc.) is somehow equivalent to the solutions presented in heavy weight train deployments”.
 
-        A solução implementada no Metro Ligeiro Sul é semelhante a outras implementadas na Europa, não se tratando, dadas as suas características a vários níveis, de um Metro Pesado. Dever-se-á destacar que apesar do espaço canal ser para circulação exclusiva do Metro Ligeiro o seu acabamento ao nível dos materiais preconizados dotam-no de características que qualificam a imagem global da cidade pois em termos de acabamentos regra geral procede à substituição sistemática de pavimento asfaltado por cubo de calcário, granito e zonas relvadas. No caso em análise, mantém-se a circulação de veículos ligeiros, em vias laterais ao Espaço Canal e o Estacionamento em linha.
 
Questão B
 
“Unfortunately the construction of the tracks is being made reusing as train tracks urban spaces that previously were main roads of the cities or main access to them, reducing walking lanes, removing car parkings, reducing the number of road lanes and deploying in front of hundreds of apartments blocks where dozens of thousands of families live many kilometres of railway track”.
 
-        Tratando-se de um Metro Ligeiro de Superfície para servir um meio urbano, é suposto que o mesmo seja implementado nos Arruamentos dado que o objectivo deste tipo de transporte público é precisamente ser uma alternativa ao veículo pessoal em termos de mobilidade com a vantagem de que devido às especificidades da sua implementação efectivamente se constrangir a circulação de veículos em meio urbano, permitindo uma requalificação evidente do espaço urbano, com o aumento das áreas de circulação pedonal.Com a redução da circulação automóvel o ruído associado a estes veículos, que na maioria dos casos e neste caso concreto é superior ào provocado pela circulação do Metro Ligeiro de Superfície, como é possivel comprovar. Há ainda que salientar o aumento assinalável na Qualidade do Ar, um benefício inquestionável para os residentes em questão.
 
Questão C
 
“The degradation of life quality parameters on the entire area where the MST is being deployed has an all time low on the area known as "Ramalha Triangle" “.
 
-        Desconhecemos quais os indicadores utilizados para sustentar esta afirmação mas sendo que toda e qualquer intervenção tem impactes dever-se-á, tanto quanto possível potenciar os positivos e mitigar os negativos.
No quadro do Estudo Prévio neste momento em curso é difícil sustentar a afirmação de que a intervenção que decorrerá da instalação do Metro Ligeiro desqualificará a zona em questão pois no perímetro ( zona envolvente) do bloco habitacional em causa existirá uma superfície pedonal (sem contar com a do espaço-canal) superior à existente actualmente. Mais árvores plantadas (41) do que as que existem actualmente (24)e uma superfície ajardinada (500m2) também superior à existente actualmente (40m2). Efectivamente existirão menos faixas para trânsito automóvel e menos lugares de estacionamento ( redução de 5 lugares(nunca na proporção que o autor deste texto o afirma).
 
Questão D
 
“The name came to public knowledge when it was realized that the first project idea was to seize a entire apartment block in the "Lopes de Mendonça" street (in the "Ramalha" area) inside a triangle defined by three different railroad tracks of the MST system (making the trains go as near as +/- 2 meters of the apartments without any physical separation or vibration, visual or sound protection to the local Inhabitants)”.
 
-        A 1ª versão do Triângulo da Ramalha, pela Rua Cidade Ostrava, era efectivamente um pouco gravosa para os moradores do conjunto de edifícios em causa.
 
Questão E
 
“What was until then a street with 7 and 10,5 meter long walking lanes in one and other side of the street, plus two lane road, was to be reduced to +/- 2,80 meters walking lane in one side with the street +/- 0.80m from the apartments balcony and in the other side reduced to 3,5 meter walking lane”.
 
-        Esta afirmação pode induzir em juízos de valor errados. Os passeios actualmente existentes, de 7m e 10,5m de largura são na prática utilizados para estacionar veículos. Se lhes retirarmos 5m que é a dimensão em comprimento de um lugar de estacionamento (partindo do princípio que o estacionamento em cima do passeio até é feito de uma forma relativamente ordeira) teremos passeios com 2 e 5,5m de largura efectivamente utilizável, num total de 7,5 metros. O projecto em curso prevê para esta rua passeios com a largura média de 3,20m e 4,50m de largura, num total de 7,70m de largura de passeios que é em 20cm superior à largura de 7,50m de passeio efectivamente pedonal utilizável na situação existente.
 
Questão F
 
“That big walking space reduction is intended to, maintaining the two lane road, "allowing" the construction of a  tracks railroad in the same street. So, to "gain" space for a railroad the local inhabitants will suffer:
    - Disappearance of 65% of the walking space”.
 
-        Conforme demonstrámos no ponto anterior esta afirmação não é verdadeira. Pelo contrário aumentou-se a largura do passeio existente.
 
Questão G
 
 “Disappearance of 62 outdoor surface parking spaces (from 70 to 8)”
 
-        Na rua em questão existe um recorte no passeio para estacionamento automóvel com 4,60m de comprimento em 50,00m de extensão que serve para estacionar 20 veículos (considerando lugares de estacionamento com largura de 2,5m). Dos 70 lugares mencionados no texto, 50 são lugares não normalizados calculados segundo critérios que não se percebe são desconhecidos em zonas de passeio que nos são desconhecidas. O polígono de estacionamento existente fica no lado Sul da Lopes Mendonça sendo que o lado Norte desta Rua Lopes Mendonça serve maioritariamente de acesso às garagens nas traseiras dos edifícios existentes. Anuiremos pela afirmação realizada que esses acessos costumam estar ocupados por automóveis estacionados indiscriminadamente em cima do passeio mas daí a contabilizá-los como lugares de estacionamento em número de 50, julgamos não ser aceitável.
No Estudo prévio em curso são mantidos 15 dos 20 lugares existentes. Efectivamente reduz-se a oferta de lugares de estacionamento no espaço público mas não na proporção que é sugerida.
 
Questão H
 
“Very big increase in noise levels due to:
- Existent road trafic being much closer to the apartments (unfortunately all the bedrooms of the apartments blocks are faced to the street affected)”
 
-        Efectivamente as faixas para circulação automóvel encontram-se mais próximas dos edifícios em virtude da instalação do espaço-canal no eixo da via. Mas o plano de mobilidade na zona do triângulo da Ramalha foi alterado sendo que na Rua Lopes Mendonça uma das faixas de circulação automóvel passou a ser uma via sem saída (tornando-se uma via de acesso ao impasse existente nas traseiras do conjunto de edifícios objecto deste texto). O tipo de trânsito que se tem registado nesta Rua nada terá a ver com o que se registará quando O Metro Ligeiro estiver em funcionamento, resultando num aumento evidente da qualidade de vida neste quarteirão, mantendo-se no entanto a acessibilidade automóvel.
 
Questão I
 
“More noise and vibrations generated by the train traffic from 5AM up to  2AM of the next day , every day leaving the inhabitants with 3 hour sleeping time!”
 
-        Quem lendo este texto desconhecer as características do Metro Ligeiro Sul do Tejo e se remeter exclusivamente à informação que é avançada pelo autor só pode imaginar atendendo às características de «heavy weight train deployments» com que a missiva começa, que comboios de carga daqueles com muitos quilómetros de extensão passarão justamente junto à janela do Edifício em causa, ininterruptamente a noite toda.
 
Questão J
 
“The actual parking cars will be reduced from 70 places to 8 (eight) !”
 
-        Não são oito mas sim quinze. Mas também não eram setenta mas sim vinte.
 
Questão K
 
“Increase of the expected traffic accidents due to  dangerous manevours necessary to get cars in and out from the present indoor garages on one side of the street or consequence of a simple load or unload of elder/handicaped inhabitants from a taxi or emergency veicule like an ambulance. These are direct consequences of the fact that the two lanes of the road will be split on each side of the railroad track, not allowing any load or unload action on one lane without stopping the entire traffic on that lane (please understand that the other road land will be phisically separated by two railroad tracks)”.
 
-        O passeio do lado norte tem largura suficiente para se entrar e sair das garagens existentes. A não ser que se verifiquem limites de velocidade excepcionais e não regulamentares nesta rua., as condições de segurança de entrada e saída mantêm-se.
 
 
O autor do texto manipula de certa forma a informação, isto é, conforme interessa o passeio existente tem 10 e 7 metros de largura mas também serve para estacionar 50 automóveis o que já hoje obriga a parar o trânsito para a tomada e largada de passageiros, bem como a Assistência adequada através de um Veículo de Emergência, seja ele ambulância ou Bombeiros.
 
Refere-se ainda que o Espaço Canal poderá servir igualmente como uma via de Emergência, se necessário.
publicado por motssa às 20:53
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De NoExit a 14 de Setembro de 2007 às 16:29
Com este post não percebo qual a posição do Partido Socialista !? (o mesmo partido político que enviou uma carta a todos os moradores da Rua Lopes de Mendonça felicitando-os pela não passagem do MST na sua rua).
De Hermínio a 16 de Setembro de 2007 às 01:11
O PS apresentava nesse ano de 2005(SETEMBRO) um candidato independente credível, bem preparado, natural de Almada que tentou que os eleitores do Pragal se convencessem que a alternativa que lhes era proposta seria uma mais valia para Almada.
O candidato andou pelas ruas da Freguesia, fez a sua campanha, nunca se negando a um árduo trabalho no sentido de convencer os eleitores.
Porém na hora da verdade os eleitores preferiram a continuidade, tendo a CDU mais uma vez mantido a Junta de Freguesia.
A solução encontrada para o MST ficou assim com dificuldade de obter a solicitada "anuência" que sinceramente nunca esperei que a Câmara desse.
O que permanece mistério é qual a resposta dada pela Câmara ao dedido de "anuência" que o despacho da Secretária de Estado pedia.
Se nada respondeu "não anuiu"...
A Senhora Secretária de Estado e o Governo responde perante os eleitores e portanto pode informá-los de que nunca obteve "anuência" por parte da Câmara e que teve que encontrar outra solução numa atitude pragmática que respeitasse o poder autárquico e que por isso não pode levar para a frente a solução preferida dos moradores, apesar de o PS local estar solidário com os moradores do Triângulo da Ramalha, a quem deu apoio durante a campanha elleitoral e considerou que a sua luta tinha obtido um justo convencimento da Secretaria de Estado dos Transportes.
Também é natural que os eleitos do PS no Município de Almada se sintam muito incomodados por a solução ser diferente da que era aceite pelos moradores e que mereceu o seu apoio.
Srª. Secretária de Estado, está em falta perante os moradores e perante o PS local que aguardam o SEU DESPACHO DEFINITIVO. Ia por um caminho, mas tendo encontrado algum obstáculo vai ter que nos dizer porque seguiu o MST por outro caminho.
Haverá outras razões além das técnicas em que MA(Marco Aurélio) tem vindo a insistir?
No momento da votação vamos ver que caminho seguirão os eleitos do PS que andaram com o candidato à Junta do Pragal, morador na Lopes Mendonça e que foi seu companheiro na tentativa frustrada de ganhar o poder autárquico em Almada em 2005.
Imagine-se que isto se passava no Barreiro. Inverosímil na Terra da SRª. Sec. de Estado, Engª. Ana Paula Vitorino?

Na minha fraca opinião a solução encontrada com mais custos de construção, foi bem recebida pela concessionária porque o desgaste do material e a energia dispendida é menor.
Será que está para breve a demonstração de que afinal quem se mete com a .... em Almada, LEVA...

Porque não esclarecem e fazem da matéria tabu: a Secretária de Estado; a Presidente da Câmara, o Sr. Presidente da Junta de Freguesia do Pragal?
É a hora dos políticos substituirem o técnico superior MA (Marco Aurélio), chefe de missão para a obra do MST que também esteve na negociação com os moradores na a solução encontrada e que satisfazia os moradores e darem as tão esperadas explicações.

Os políticos referidos anteriormente são-no em nome de todos os cidadãos e também daqueles que foram ou são oposição durante um período eleitoral (Verão de 2005) e quem vence deve exercer o poder com dignidade e respeito pelos vencidos. (Direito de petição).

A verdadeira questão não é respondida pelo Sr Engº Marco Aurélio, à Eurodeputada Elisa Ferreira:
porque é que o MST tem que passar pela Rua Lopes Mendonça, quando podia passar apenas pela Rua de Alvalade como os moradores esperaram durante largos meses entre o Verão de 2005 e JAN2007?

Uma nota final: os passeios angulosos que acho feios querem dizer que o caminho é feito sem desvios nem concessões para com os cidadãos que não comungam do pensamento que tem sido maioritário para quem é preciso mostrar a força quem é maioritário em Almada?

Enquanto o comboio vai circular em curvas suaves os automobilistas vão que ter que andar constantemente aos zigzagues e muitos já andam a bater com os pneus nos passeios.
De anónimo a 16 de Setembro de 2007 às 19:31
o negócio dos números fala mais alto nos bolsos de algumas pessoas ao lado da desonestidade de alguns políticos e alguns autarcas. O povo que se lixe.
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